ROBERTO GUZMAN TELLEZ
(Bolívia – Sucre )
( Sucre 1895 – 1957 La Paz )
Poeta.
Advogado de profissão. Atuou como funcionário público em diferentes departamentos: Oficial Sênior de Desenvolvimento e Comunicação, Delegado da Comissão de Fronteiras Bolívia-Argentina e Paraguai, Cônsul em Formoso (Argentina), Valparaíso (Chile), Porto Belo (Brasil) e Tucumán (Argentina). . , Diretor de Cooperação Intelectual e Biblioteca do Ministério das Relações Exteriores. Em 1923 ganhou a Flor Natural nos Jogos Florais de Cochabamba, com sua 'Ode ao silêncio', o mesmo aconteceu nos Jogos Florais de Oruro em 1928 e 1929 com 'Canto a Oruro'. Deixou vários textos inéditos segundo dados de Augusto Beltrán.
O estudioso Luis Felipe Vilela anotava em 1955: "A produção literária deste autor está espalhada entre o emaranhado de jornais e revistas nacionais, bem como a de outros poetas de alto estro. à falta de estímulo do meio ambiente".
Em 'O poema da criança excitada', Guzmán escreveu: "Meu professor é um poeta de testa larga. / Tem um jardim de madrepérola e estrelas; / nela canto desesperadamente / todos os seus rouxinóis e pintassilgos. / Eu sou do seu jardim, por encanto, / o casulo de madrepérola e brilho. / Que acorda e adormece com o canto / dos seus rouxinóis loucos e felizes".
Um 'Autosketch' do próprio autor diz: "Não sou o boêmio da sorte enganada / que nos cafés noturnos desperdiça sentimento / e ri amargamente, com a mente povoada, / de visões remotas, de tormentos próximos. / Não sou o poeta de capa amortecida / de gestos suaves e cabelos soltos / que recita baladas e empunha a espada / e que assombra as paredes de algum velho convento. / Meus sonhos me conduzem como um sonâmbulo / Quem me vê não conhece minha sede aventureira / nem o perigo secreto de meu romantismo. / Não sou o que deveria ser para os outros. / Há glórias que nascem em mim e morrem em mim / e passo pela vida como qualquer outro homem".
LIVROS
Poesia: Poemas Selecionados (1978); A emoção divina (inédita).
Ref.- R. Guzmán T., "Autoboceto", in Selected Poesies (Sel. de Raúl Alcazar), 1964, 6; A. Beltrán, "Reconhecimento à RGT", PL, 16/07/1978, 3; R. Guzmán, "O poema da criança…", DL, 25.03.1973, 1; Vilela, Anexo, 537; Guttentag, Bibliografia, 1978, 61
Fonte:
https://elias--blanco-blogspot-com.translate.goog/2012/02/roberto-guzman-tellez.html
TEXTO EN ESPAÑOL - TEXTO EM PORTUGUÊS
BEDREGAL, Yolanda. Antología de la poesía boliviana. La Paz: Editorial Los Amigos del Libro, 1977. 627 p. 13,5x19 cm Ex. bibl. Antonio Miranda
Foto: https://www.google.com/search?q=altiplano+andino+-+bolivia&rlz
ALTIPLANO ANDINO
El nítido paisaje de ideal monocromía
que tiembla de silencio, que llora de infinito,
parece que por arte de rara hechicería
me fuese penetrando como hoja de un grito.
Cuando cierro los ojos ebrios de fantasía,
siento en mí la anestesia sutil que necesito.
Me ha enfermado el paisaje de un mal de lejanía.
Son, por eso, azuladas las rutas que transito.
Hacen cantar mis sueños al ave que madruga
y reina, en el paisaje donde me reconcentro.
Hay sperlas que el pañuelo de la neblina enjuga.
Con el arte puro labro los marfiles que encuentro
Y como no se apaga la luz que me subyuga,
yo digo que he nacido con mi paisaje adentro.
TEXTO EM PORTUGUÊS
Tradução: Antonio Miranda
ALTIPLANO ANDINO
A nítida paisagem de ideal monocromia
que treme pelo silêncio, que chora de infinito,
parece que por arte de rara feitiçaria
foi-me penetrando como folha de um grito.
Quando fecho os olhos ébrios de fantasia,
sinto em mim a anestesia sutil que necessito.
Enfermou-me a paisagem de um mal de distância.
São, por causa disso, azuladas as rotas que transito.
Fazem cantar meus sonhos a ave que madruga
e reina, na paisagem onde me reconcentro.
Existem pérolas que o lenço da neblina enxuga.
Com arte pura lavro os marfins que encontro
E como não se apaga a luz que me subjuga,
eu digo que nasci com minha paisagem adentro.
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Página publicada em setembro de 2022
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